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A realidade do trânsito no DF

O trânsito do Distrito Federal, se comparado a grandes metrópoles como o Rio de Janeiro e São Paulo, ainda é considerado de boa qualidade. Mas a cidade projetada para 500 mil habitantes cresceu e hoje tem uma população estimada em 3 milhões de pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Toda essa gente divide espaço com a frota de veículos em circulação, que conforme levantamento feito pelo Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) registrou a marca de 1,9 milhão. Desses, 1,3 milhão (69%) correspondem a carros e 224 mil (11%) são motocicletas.

Diante de todos os números é impossível não fazer questionamentos como qual o tempo estimado para se chegar ao trabalho, escola ou faculdade? Existe uma grande diferença no tempo de deslocamento com carro, ônibus ou metrô? E os pedestres e ciclistas têm espaço no trânsito?

Todas essas perguntas recaem sobre a questão da mobilidade no Distrito Federal. Ainda que não sejam engarrafamentos intermináveis, há diversos pontos de retenção, em horários específicos na cidade. Na Zona Central por exemplo, mesmo com seis pistas, o Eixo Monumental no início e no fim do dia concentra uma grande quantidade de carros. O mesmo acontece com a Estrada Parque Taguatinga (EPTG), composta por cinco pistas em cada sentido. Até mesmo com a reversão de faixas, a Via Estrutural nem sempre está com circulação livre. Por outro lado, os usuários do transporte coletivo e dos trens do Metrô-DF constantemente reclamam de superlotação.
Avançar é preciso

O presidente do SINPETAXI DF Sued Silvio, defende que o Distrito Federal precisa criar avanços na mobilidade. Para ele, a forma de circulação mudou e continua em constantes inovações. Morais ressalta que as ações precisam ser planejadas e executadas conforme a realidade da população.

Sued Silvio alerta, entretanto, que a política de mobilidade precisa pensar de forma conjunta e objetiva, pois ao longo dos anos, em diferentes governos, o incentivo ao uso do automóvel foi estimulado com a realização de obras para ampliar vias, construção de túneis e viadutos e na verdade, todas essas ações fizeram um caminho inverso na mobilidade, pois deve ser incentivado o uso de Taxis e Automóveis pelo aplicativo.

Estatísticas representam queda na mortalidade de pedestres e ciclistas
Apesar do aumento anual no número de veículos em circulação no DF,1,9 milhão, segundo o Detran-DF, as estatísticas demonstram uma queda gradual ao longo dos últimos dez anos em acidentes de trânsito fatais. Em 2010 foram registradas 431 ocorrências; em 2015, 331 acidentes e em 2020, 169 registros. Neste ano, até abril, foram contabilizados 40 acidentes de trânsito fatais. Em todos os anos, a natureza mais registrada foi a colisão, seguida de atropelamento de pedestre.

SUED SILVIO É PRESIDENTE DO SINPETAXI – DF

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